O desenvolvimento das Geotecnologias e das técnicas de Análise Espacial tem promovido uma revolução nas investidas espaciais, particularmente na perspectiva dos estudos urbanos. Seja no contexto da produção de conhecimento ou na perspectiva da intervenção, as cidades tem sido interpretadas, em diversas escalas, com o auxílio dos aparatos que envolvem as Geotecnologias e os métodos de Análise Espacial.
Por isso, urge que se debatam questões teórico-conceituais e operacionais presentes no estudo do espaço urbano enfatizando, em particular, o papel das Geotecnologias e da Análise Espacial na estruturação e análise das cidades. Pretende-se, neste eixo de discussão, agregar contribuições científicas que envolvam, por exemplo, a utilização de Geotecnologias para o estudo das cidades e para o planejamento urbano; os métodos de representação espacial; o desenvolvimento e aplicação de indicadores socioeconômicos e socioambientais; o estudos sobre áreas de risco, de vulnerabilidade social etc. na cidade; os métodos de análise espacial e os estudos urbanos; Sensoriamento Remoto e urbanização; o estudo de temas diversos tratados na perspectiva urbano-espacial, como violência, pobreza, segregação, economia, demografia, água, áreas verdes etc.
Nesta ampla agenda de discussão, emergem questões de fundo conceitual bem como aspectos operacionais ligados ao uso e acesso às bases de dados geoespaciais, tais como: Qual o potencial atual das geotecnologias na análise das relações socioambientais? O que é a geografia do Ciberespaço? Qual o papel das geotecnologias na análise multiescalar dos espaços urbanos? Como as geotecnologias podem potencializar a produção da informação geográfica gerada por usuários através dos dispositivos móveis, como TABLETS e “telefones inteligentes (smartphones)? De que forma as técnicas de análise espacial têm sido utilizadas na produção e análise de indicadores sócio territoriais urbanos? Qual relevância da geoinformação em uma sociedade em rede? Como a jurisdição geográfica da Internet interfere na regulação soberana entre os países e na produção imaterial do espaço urbano?