Lista de livros a serem lançados no XV Simpósio Nacional de Geografia Urbana
(Serão lançados 20 títulos, veja abaixo. As inscrições para lançamento de livros
se encerraram dia 13 de novembro de 2017)
1. O ESPAÇO E A METROPOLIZAÇÃO: Cotidiano e ação
Organizadores: Alvaro Ferreira, João Rua e Regina Célia de Mattos
Editora: CONSEQUÊNCIA
Resumo da obra: O livro tem a intenção de avançar no projeto de uma expectativa, onde é possível um outro entendimento dos processos que determinam as formas de apropriação e dominação do espaço na atualidade. A metropolização do espaço está integrada à lógica espacial pós-industrial (concentradora e dispersora) e às marcas do capitalismo em sua fase presente. Desejamos que a problematização da lógica espacial hegemônica possa se mostrar necessária para o fortalecimento dos movimentos atuais a favor de outro modelo de urbanização do espaço, orientado para uma possível reapropriação em usos coletivos com base em outros tipos de gestão, que não aquela de cima para baixo, abrindo-se às possibilidades da autogestão.
2. Atravessando a Geografia, Marx Lefebvre e os Situacionistas – Volume 1
Organizadores: Amélia Luisa Damiani e Ricardo Baitz
Editora: Editora Tiragem Livre
Resumo da obra: Atravessando a Geografia, Marx Lefebvre e os Situacionistas, volume 1, publiciza artigos cuja marca é a formação de longa duração propiciada pelo encontro dos pesquisadores no Laboratório de Geografia Urbana – LABUR – do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. O livro é composto por nove artigos que, valendo-se dos conteúdos mais íntimos da Geografia – principalmente a Geografia Urbana -, de Karl Marx e de Henri Lefebvre, apresentam uma leitura possível do real. Metodologicamente, a costura mais interna consiste em “partir de”: os textos partem dos autores lidos, sem com eles se conformar, pois buscam atualizar – seja a ciência, seja o pensamento de Marx, seja o de Henri Lefebvre. Por fim, trata-se do primeiro volume da série, ou volume de inauguração de um projeto editorial que pretende, igualmente, ser persistente – e de longa duração – motivando assento aos novos pesquisadores, bem como assegurando espaço àqueles que são as referências, a partir de quem tudo foi possível.
3. A reestruturação urbana maranhense: dinâmica e perspectivas
Autor: Antonio José de Araújo Ferreira
Editora: Editora da Universidade Federal do Maranhão (EDUFMA)
Resumo da obra: O crescimento das cidades maranhenses, inicialmente foi lento e refletia o processo de urbanização na escala nacional haja vista que em 1822 havia 12, as quais passaram para 50 em 1889 e em 1950 já eram 72, sendo 12 as principais e São Luís (capital estadual) aglomerava 119.798 habitantes ou o dobro da população das outras onze. O dinamismo que reestruturou as cidades do Maranhão entre 1950 e 2010, revela mudanças na posição das 10 principais e reflete a melhoria do sistema de transportes, o avanço do povoamento, a apropriação do território via introdução de novos usos e, sobretudo, a migração do epicentro econômico vinculado à necessidade de otimizar a reprodução do capital, o que é articulado ao interesse do Estado. Tais transformações resultaram de mudanças na base econômica e localização/ melhorias na infraestrutura, cuja distribuição espacial dos investimentos evidencia o uso do território pelo capital e as articulações/ interesses do Estado em que a indústria, os serviços e o Produto Interno Bruto, além da presença/deficiência de estabelecimentos de saúde, instituições financeiras, hotéis, instituições de ensino superior e agências do INSS, serviram de exemplo para explicar o porquê das mudanças nas posições da rede urbana maranhense, que por sua vez é influenciada por cidades das macrorregiões mais próximas (Norte – Belém; Centro-Oeste – Goiânia e Brasília; e Nordeste - Teresina e Fortaleza), além de São Paulo e até de decisões externas nas quais os momentos de crise mundial afetaram diretamente as cidades de Açailândia, Balsas e São Luís, de maneira que por esse conjunto de fatores as cidades ora são centros de atração ora de repulsão de população. A apreensão do atual momento (2010-2016) da reestruturação urbana maranhense requer a interpretação da distribuição espacial dos novos investimentos econômicos, que por serem seletivos impõem elementos e conteúdos diferentes da realidade de então porque privilegiam a logística da Estrada de Ferro Carajás, apesar de indicarem novos eixos de dinamismo em se tratando da prospecção de petróleo, geração de energia, papel e celulose, exploração de ouro e gás natural, etc. a fim de tornar as empresas mais competitivas no mercado nacional e internacional. O problema é que a realidade empírica revela crescimento das 217 cidades maranhenses e as demandas continuam se ampliando; os dados do censo 2020 e pesquisas mais amplas, decerto, revelarão novos indícios e permanências.
4. Geografia e ensino: dimensões teóricas e práticas para a sala de aula
Autores: Gilselia Lemos Moreira, Gilmar Alves Trindade, Lurdes Bertol Rocha, Maria Cristina Rangel, Rita Jaqueline Nogueira Chiapetti
Editora: Editus
Resumo da obra: A obra apresenta como tema central o ensino de Geografia, com importantes discussões teóricas e reflexões sobre o papel e a importância da pesquisa escolar. Traz, ainda, experiências que se colocam como possibilidades para a melhoria da qualidade do ensino da disciplina em questão, em especial na educação básica.
5. Operação Urbana e Lutas Sociais. Um histórico da propriedade no Butantã e da reversão da Operação Urbana Consorciada Vila Sônia
Autor: Marcio Rufino Silva
Editora: Annablume
Resumo da obra: São Paulo, metrópole “global” e do terciário avançado, tem conhecido, sobretudo nas últimas décadas, a efetivação de operações urbanas em praticamente todas as regiões da cidade e em outros municípios da Região Metropolitana. Na escala municipal, a região compreendida pelos distritos do Butantã, Rio Pequeno, Morumbi e Vila Sônia tornou-se objeto da composição desse instrumento urbanístico, a partir da Operação Urbana Consorciada Vila Sônia (OUCVS), embargada judicialmente em fins de 2012, sobretudo pela ação dos movimentos sociais, associações e entidades locais. O livro, adaptado da Tese de Doutorado do autor, almeja expor o quanto as reestruturações e modificações postas nos variados projetos da OUCVS estão francamente relacionadas ao lugar que a região ocupa na metrópole paulistana, cuja forma e conteúdo são herdeiros dos caminhos e fronteiras pregressos (reafirmando formas pregressas da propriedade), tanto em relação aos fluxos viários quanto às possibilidades econômicas do contemporâneo mercado imobiliário e seu crescente interesse por certas áreas consideradas “estratégicas” no município de São Paulo. Discernindo tal estratégia do espaço, o livro almeja desvendar a reprodução das relações sociais de produção, assentando-se a espacialidade desse fenômeno nas tessituras do cotidiano. Este, em sua materialidade, conduz ao necessário tratamento, nesta obra, das camadas e classes sociais, bem como suas complexas tramas de relações. Assim, admitindo o desnível constante entre a(o) política(o) e a economia política, operados no corpo da reprodução das relações sociais de produção, sugerimos a consideração da “política média” como o devir dessa forma social, cujo fundamento se ancora em reiterativa alienação, mistificação, reificação e fetichização. Reconhecendo tais fundamentos, poder-se-ia abrir vias no intento da urgente superação do discurso, do pensamento e das práticas ancoradas ao Estado e a essa economia.
6. Quadros Geográficos. Uma forma de ver, uma forma de pensar
Autor: Paulo Cesar da Costa Gomes
Editora: Bertrand Brasil
Resumo da obra: Qual é a base daquilo que chamamos de raciocínio geográfico? Como ele se estrutura? Qual o campo comum onde se apoiam todas as ferramentas, os conceitos, pelos quais se operacionaliza o entendimento geográfico? Todas essas perguntas são contempladas neste livro.
7. O método de Oswald de Andrade – segunda edição
Autor: Ricardo Baitz
Editora: Editora Tiragem Livre
Resumo da obra: Trata-se de um livro-jogo que, metodologicamente, analisa a vida e a obra do incatalogável Oswald de Andrade. A análise das obras do escritor, entrevistas e depoimentos, tanto reverbera a interpretação feita pela crítica (Antonio Cândido, Maria Augusta Fonseca, Mário da Silva Brito) quanto ganha novos contornos pela leitura metodologicamente possível a partir da obra de Henri Lefebvre e René Lourau, pois Oswald não se ateve ao método formal indutivo-dedutivo, mas praticou – sem dizer – variados métodos não-formais, dentre os quais destaca-se a implicação e a transdução. É o livro inaugural da Editora Tiragem Livre, e o autor – Ricardo Baitz – é doutor em Geografia Humana. A primeira edição trouze um argumento principal consistente, mas pecou pela forma, extremamente tradicional: apresentou-se com um “livro” que não era mais que “um livro” (impresso em retrato). A segunda edição desfez esse erro, e apresenta um profundo progresso: além de dar o formato próprio da editora (qual editora publica livros em formato tão inusitado quanto o de 211x148cm?), trouxe quatro prefácios e dois posfácios que, ao dialogar com a vida e os enfrentamentos de Oswald, apresentam a condição dos autores no Brasil, o mercado editorial, o acesso feito pelos acadêmicos às obras. Não se trata de descricionismo, pois para além da contextualização da época, forjam-se os fundamentos críticos mais internos. Adepto da Análise Institucional francesa, o autor apresenta a superação dessa crítica, pela teoria e pela prática: o conjunto de prefácios e posfácios revelam a prática crítica pela oposição não formal, mas combinandose em sentido antagônico ao que a sociedade mercantil propõe. O autor torna-se um contrautor, o editor passa a ser um contraeditor e a própria editora que viabiliza o livro, Tiragem Livre, se revela uma contraeditora ao inverter o sentido do mercado, permitindo inclusive a reprodução da obra com um termo de reprodução ao final do livro. E não há inocência nos termos escolhidos pelo autor: trata-se de levar adiante as idéias defendidas em seu doutorado em Geografia Urbana, onde forjou-se o conceito de contrapropriedade (superação possível ao binarismo propriedade e não antipropriedade). Revelase, portanto, um livro necessário a pesquisadores de diversas áreas, especialmente àqueles que analisam o capitalismo e as modernas formas de propriedade – que inclui a terra. Se o próprio autor encarregou-se de tecer os prefácios e posfácios, diagramar e publicar o livro (ironia por um lado, posicionamento por outro lado: trata-se de um sujeito que busca a reconciliação em um mundo fragmentado), as orelhas são feitas por Amélia Luisa Damiani, da cadeira de Geografia da Universidade de São Paulo e Maria Eugênia Macedo, professora de Língua Portuguesa de diversas faculdades particulares. São orelhas longas, compatíveis com o formato escolhido, que bem poderiam prefacear a obra.
8. Mobilidade Precária na Metrópole de São Paulo
Autor: Ricardo Barbosa da Silva
Editora: Annablume Editora/ Fapesp
Resumo da obra: O livro do geógrafo Ricardo Barbosa da Silva é resultado de uma intensa pesquisa teórica e empírica que visou definir um conceito inédito de mobilidade precária. Trata-se de um esforço de interpretação teórica no campo da Geografia e interdisciplinar na tentativa de contribuir para revelar as péssimas condições de deslocamentos cotidianos das pessoas no contexto particular da metrópole de São Paulo, Brasil. Para tanto, o autor percorre um trajeto histórico revelando que a mobilidade precária já ganhava impulso na década de 1930 com a emergência dos ônibus, passando pela década de 1960 com a massificação do automóvel e chegando até a década de 1990 aos dias atuais com a popularização do automóvel e da motocicleta como alternativa reiterada ao precário transporte público. No final, este livro publicado pela Annablume Editora/Fapesp contribui para o entendimento do processo que tornou a mobilidade precária de exceção à regra, colocando em outro patamar os efeitos deletérios da mobilidade cotidiana à sociedade como um todo na metrópole paulistana.
9. Seis modos de ver a cidade – mapa, morfologia, ecologia, técnica, paisagem, cotidiano
Autor: Tadeu Alencar Arrais
Editora: Cânone Editora
Resumo da obra: SEIS MODOS DE VER A CIDADE - mapa, morfologia, ecologia, técnica, paisagem, cotidiano, aborda diferentes modos, ao longo do tempo, de perceber a cidade. A narrativa tem, como traço comum em cada capítulo, o trabalho com fontes literárias ou mesmo o cinema, além de dados sobre várias cidades do planeta. Utilizo autores como Balzac, Victor Hugo, Dickens, Conan Doyle, Azevedo, entre outros, como fontes para compreender a formação e o cotidiano de cidades como Paris, Londres, Bagdá, Rio de Janeiro, Berlim, Los Angeles, Nova York etc. A organização dos temas responde a uma ordem de aproximação, como um viajante que olha para o mapa antes de vislumbrar, no horizonte, a morfologia da cidade incrustada em um
vale ou no topo de uma montanha. O viajante se pergunta que condições possibilitaram aquele assentamento, mesmo antes de conhecer sua ecologia. Sabe, no entanto, que a técnica permitiu a ocupação dos lugares mais inóspitos do planeta. Com a técnica certa, pântanos são drenados, encostas protegidas e desníveis driblados com obras de engenharia. Após adentrar a cidade, a
paisagem criada revela-se a cada esquina e sempre em interação com o cotidiano. É o momento em que todos os modos de ver a cidade são incorporados à vida diária, em uma espécie de síntese que chamamos de city, urbe, ville, town, ciudad, cittá, cidade etc.
10. Disputas em torno do espaço urbano: processos de [re]produção/construção e apropriação da cidade
Organizadores: John Gledhill, Maria Gabriela Hita e Mariano Perelman
Editora: EDUFBA
Resumo da obra: A publicação é resultado de uma série de textos que dão conta de processos sociais que têm efeitos sobre os modos como as pessoas vivem na cidade. Seus organizadores propõem o fomento de discussões em torno de temas como as perspectivas históricas sobre o processo urbano no Brasil, o acesso ao espaço público e a securitização do espaço urbano e o acesso de diferentes atores sociais aos espaços da cidade. A importância dessas discussões partem do pressuposto de que diálogos interdisciplinares são essenciais para compreender e amadurecer os debates sobre o que ocorre hoje nas cidades, especialmente as latino-americanas.
11. Justiça Espacial e o Direito à Cidade
Organizadores: Ana Fani Alessandri Carlos, Glória Alves e Rafael Faleiros de Padua
Editora: Contexto
Resumo da obra: "Justiça espacial e o direto à cidade“ é o terceiro livro da coleção Metageografia (organizada pelo GESP, o grupo de geografia urbana crítica e radical da USP). O volume 1- Crise Urbana e o volume 2 “ A cidade como negócio” foram publicados em 2015) - tem como eixo a via da difícil coalizão entre a radicalidade do direito à cidade e os horizontes da justiça espacial. A premissa do diálogo entre diferentes vertentes dos estudos urbanos marca a organização do livro que conta com o trabalho de pesquisadores de diversas origens, o que se manifesta tanto nas diferentes nacionalidades dos autores quanto na experiência teórica e de pesquisa que trazem na bagagem. No entanto, a história de aproximação entre duas perspectivas, representadas aqui, cada qual, por grupos distintos, merece especial atenção no desenho das pontes que se construíram entre os campos conceituais do direito à cidade e da justiça espacial. As linhas de tensão entre a crítica, a utopia e o campo conceitual do direito à cidade e aqueles da justiça espacial tendem a reaparecer entre os capítulos do livro e, mesmo, no interior dos quais se propuseram a enfrentar essa difícil tarefa que é simultaneamente teórica e da prática. Enquanto alguns vão da justiça espacial ao direito à cidade num movimento que enfatiza a radicalidade do último e pontua o potencial de superação aí contido, outros perfazem uma trajetória que colocam a justiça espacial como dimensão possível e pragmática para a realização do direito à cidade.
12. Salvador no século XXI: transformações demográficas, sociais, urbanas e metropolitanas – cenários e desafios
Organizadores: Gilberto Corso Pereira, Sylvio Bandeira de Mello e Silva e Inaiá Maria Moreira de Cravalho
Editora: Letra Capital
Resumo da obra: “Salvador no século XXI: transformações demográficas, sociais, urbanas e metropolitanas – cenários e desafios” pretende enfrentar uma questão aparentemente simples. Qual será o futuro possível de Salvador se forem mantidas as atuais tendências demográficas, sociais, econômicas, e de desenvolvimento espacial? Para elaborar hipóteses que possam responder de forma plausível a esta questão partimos da constatação de um conjunto, historicamente construído, de problemas urbanos e metropolitanos da Salvador de 2015, que são um verdadeiro legado para sua evolução futura. Acreditamos que o reconhecimento dos problemas do presente e seu enfrentamento por políticas públicas podem mitigar ou mesmo resolver uma evolução previsível com base nas tendências reconhecidas neste estudo. O livro, embora tenha múltiplos colaboradores, não é uma coletânea de trabalhos independentes nem se constitui tampouco como um livro plenamente autoral, mas sim como uma publicação composta a partir das diversas colaborações tendo como meta traçar um retrato das tendências que estão configurando a metrópole de Salvador hoje e num futuro próximo.
13. Por uma Geografia Libertária
Autor: Marcelo Lopes de Souza
Editora: CONSEQUÊNCIA
Resumo da obra: Para um pensamento critico que se proponha a ser radicalmente emancipatório, na atual quadra da história, a trilha libertária se afigura como o caminho mais promissor; mas uma trilha libertária renovada, ao ser, entre outras coisas, devidamente "espacializada". Para os eventuais leitores já simpáticos à temática, a obra pode colaborar para recontextualizar e reinterpretar certas coisas, trazer novas informações e estabelecer novas ligações. Contudo, ela não é dirigida somente aos já iniciados e aos simpatizantes. Longe disso. Seu propósito é, também, mostrar como o pensamento e a práxis libertários podem ser fontes de inspiração para encontrarmos novas e mais interessantes soluções para diversos problemas, tanto prático-políticos quanto, também, de ordem epistemológica e teórica.
14. Geografia e Conjuntura Brasileira
Autores:Dirce Suertegaray, Alexandrina Luz Conceição, Bernardo Mançano Fernandes, Carlos Antônio Brandão, Catia Antonia da Silva, César Simoni Santos, Francisco Mendonça, Helion Póvia Neto, Maria Encarnação Beltão Sposito, Nelson Rego, Pedro Costa Guedes Vianna, Rafael Sanzio Araújo dos Anjos, Sandra Lencioni, Vicente de Paulo da Silva.
Editora: CONSEQUÊNCIA
Resumo da obra: O livro Geografia e Conjuntura Brasileira é uma proposição da diretoria da ANPEGE (2016-2017) tomando como referência o tema do XII ENANPEGE-2017/Porto Alegre: Geografia, Ciência e Política - do pensamento à ação, da ação ao pensamento. O tema do evento, assim como a estrutura desta obra, expressa uma preocupação com o contexto brasileiro atual. Decorre esta preocupação das grandes mudanças, caracterizadas sobretudo, pelo retrocesso político na frágil democracia, vivida pela sociedade brasileira. Contexto em que conquistas, ainda reduzidas, trouxeram as parcelas significativas da população, possibilidades de acesso às demandas sociais básicas como, moradia, alimentação e educação. Em que pese a conflituosa articulação do poder, que não necessariamente promoveu nesses últimos anos políticas sociais mais ampliadas, sobretudo em relação ao acesso à terra, a preservação da natureza, ao ambiente, a garantia do trabalho e, sobremaneira, não rompeu com as políticas de cunho Neoliberal, alguns avanços foram desconstruídos pelo retorno acelerado dessas políticas (neoliberais), amortecidas desde o início dos anos 2000.
15. PERSPECTIVAS DA URBANIZAÇÃO: Reestruturação urbana e das cidades
Organizadores: Maria Encarnação Beltrão Sposito e William Ribeiro da Silva
Editora: CONSEQUÊNCIA
Resumo da obra: Este livro vem a público num momento de múltiplas crises. Não bastassem as internacionais, tão próprias do desenvolvimento do capitalismo avançado; não chegassem as latino-americanas, tão características de nossas formações econômicas dependentes; temos agora a brasileira, eivada de paradoxos e desafios. Um pouco inventada, mas muito profunda, porque não pode ser apenas compreendida como crise política ou econômica, já que suas raízes são sociais, fincadas que estão nas históricas desigualdades que nos acompanham e nas evidentes distorções da democracia participativa. Não é diferente se desviarmos as lunetas para a urbanização. Historicamente, nos momentos de crises estruturais, as maiores modificações na produção do urbano e nas cidades processam-se em diferentes níveis e dimensões. Trata-se de uma coletânea que resulta de um longo caminho de pesquisa trilhado pela Rede de Pesquisadores sobre Cidades médias (ReCiMe) que avança na tentativa de conhecer as faces das perspectivas da urbanização.
16. Metrópole, metropolização e regionalização
Autor: Sandra Lencioni
Editora: CONSEQUÊNCIA
Resumo da obra:A metamorfose da urbanização, pela metropolização recompõe a centralidade da metrópole e na contínua produção do espaço se constituem novas regionalizações. As regiões metropolitanas se esgarçam, ampliam suas órbitas e capturam novos espaços ao mesmo tempo que se fragmentam e recompõem as hierarquias entre os lugares. Uma evidente transformação a revelar que estamos vivendo um novo século que não é só cronológico, pois traz uma nova forma de viver sob o manto de um capitalismo global financeirizado. A tessitura dessa realidade nova se apresenta como um labirinto de questões que esse livro aceitou o desafio de discutir.
17. Salvador: transformações e permanências (1549-1999) (2a edição, revista e ampliada, 2016)
Autor: Pedro de Almeida Vasconcelos
Editora: EDUFBA
Resumo da obra: O livro trata das transformações ocorridas em Salvador no período de 1549 a 1999. Oito capítulos correspondem a oito períodos. Cada um é dividido em três partes: contexto; principais agentes e desenvolvimento territorial. O capítulo nono traz a estrutura espacial da metrópole.
18. Centro e Centralidade em Cidades Médias
Autores/Organizadores: Doralice Sátyro Maia, William Ribeiro da Silva e Arthur Magon Whitacker
Editora: Cultura Acadêmica
Resumo: A relação entre Centro – forma espacial – e Centralidade – atributo de uma área central – é vista como um dos importantes elementos do processo de estruturação da cidade, uma vez que possibilita as diferentes articulações internas e externas dos espaços urbanos e revela seus graus de complexidade e de contradições. Como objetos estruturadores das cidades e das redes, Centro e Centralidade passam por fortes modificações no desenvolvimento de processos de reestruturação urbana, quando se alteram as concentrações espaciais e os fluxos urbanos para atender as demandas das atividades de diferentes agentes sociais. Os textos que compõem o livro discutem o Centro e a Centralidade, predominantemente na escala intraurbana, e permitem um percurso que avança dos processos históricos de centralização nas cidades selecionadas, estendendo-se para sua consolidação, expansão e ganho de novas complexidades, até chegar aos processos e formas contemporâneas da cidade policêntrica, com a presença estruturadora dos shopping centers. Assim, os autores debruçaram-se sobre as cidades abrangidas pela pesquisa desenvolvida em rede (Rede de Pesquisadores sobre Cidades Média – ReCiMe), porém, a partir da escolha de alguns parâmetros, selecionados para atender o objeto de investigação de cada um, bem como as opções metodológicas e o acesso à informação.
19. Por amor aos lugares
Autor: Rogério Haesbaert
Editora: Bertrand Brasil
Resumo: Trata-se de um conjunto de várias crônicas de abordagem geográfica, a maior parte delas relacionadas a viagens em países como Índia, China, Camboja, Vietnã, Madagascar, Egito, Jordânia, Rússia, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Cuba, México e Colômbia. O livro é dividido em três partes: um capítulo introdutório, teórico, sobre o conceito de lugar, um conjunto de crônicas de viagem denominado “Lugares viajantes” e outro, “Lugares Cotidianos”, de crônicas do cotidiano em cidades onde o autor residiu (Rio de Janeiro, Santa Maria, Paris e Londres).
20. Circuitos de la economía urbana: ensayos sobre Buenos Aires y São Paulo
Autora: Maria Laura Silveira
Editora: Café de las Ciudades (Buenos Aires)
Resumo: O livro reúne resultados de pesquisas realizadas sobre Buenos Aires e São Paulo no âmbito da UBA e da USP. Cada texto apresenta uma reflexão sobre os circuitos da economia urbana e o uso do território, a partir da análise das atividades comerciais, das empresas globais da produção agropecuária, do sistema financeiro, da produção automobilística, da produção de refrigerantes e da produção de alimentos em Buenos Aires e da interdependência dos circuitos e do papel das finanças, da produção de farmo-químicos e medicamentos, de música, de equipamentos médico-hospitalares e das novas atividades do circuito inferior em São Paulo. O livro busca mostrar a metrópole como o lugar da coexistência de divisões territoriais do trabalho plurais, já que a grande cidade não é apenas o reino das grandes empresas do circuito superior, mas também a arena de atividades pouco capitalizadas que envolvem a maioria da população.
(...)
Chamada para lançamento de livros
no XV SIMPURB – Simpósio Nacional de Geografia Urbana
- Os livros deverão ter sido publicados em 2016 ou 2017. Não serão aceitos livros em segunda edição, lançados em anos anteriores, a não ser em casos excepcionais de segunda edição revista e ampliada;
- O autor/organizador responsável pelo lançamento do livro em Salvador deverá obrigatoriamente estar inscrito no SIMPURB e pagar a taxa de inscrição correspondente à sua categoria. Para se inscrever e emitir boleto de pagamento, acessar o link: http://www.inscricoesxvsimpurb.ufba.br/
- Preencher o modelo de ficha e enviar uma cópia digital para o e-mail simpurb2017@gmail.com e uma cópia impressa junto com um exemplar do livro para o endereço abaixo, até 15 de outubro de 2017. No caso de livros eletrônicos enviar CD com cópia integral da obra:
SIMPURB 2017 – Prof. Angelo Serpa
Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia
Campus de Ondina
R. Barão de Jeremoabo, s/n - Ondina, Salvador - BA, 40170-290
- Os exemplares impressos de livros enviados pelos autores/organizadores serão doados à biblioteca do Instituto de Geociências da UFBA, após o encerramento do XV SIMPURB.
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